quinta-feira, 17 de maio de 2012

Num Sopro Apenas...





Num sopro apenas...
Eu... poderia confessar-te o segredo mais belo e valioso
que à muito guardo tão solenemente neste meu coração.
Segredo uníco do qual... consta aquela genuina matriz
que só ela, consegue gerar um amor em toda a sua perfeição
um amor... envolto num virgem e avermelhado tecido cetinoso
encobrindo deliciosamente toda a sua pura e majestosa nudez
a qual;
só os levianos olhares da lua cheia tem permissão para admirar.

Num sopro apenas...
Eu... poderia uma autêntica tempestade de paixão provocar
no tão calmoso e límpido céu desse teu lindo e angelico coração
até tu... aos meus ouvidos em sussurro suplicares "rendição"
e na tempestuosa fúria louca da minha paixão deixares-te levar
até ao fim de tudo, sem tu... nunca te separares literalmente de mim.
Onde tu passarias a ser a incessante e copiosa chuva de amor
e eu... num tímido e explendoroso arco-íris sem-fim.
Nascendo na fonte ardente dos teus tão por mim almejados beijos
e terminado no teu dócil e latejante peito, esse... imaculado recanto
que só ele;
tão bem conhece, todos os desígnios dos meus íntimos desejos.

Num sopro apenas...
Eu... poderia dizer-te tudo, sem sequer uma uníca palavra pronunciar
Pois tu... já sabes tudo aquilo, que o meu coração te quer confessar.
Embora eu... ache pouco provável isso, vir alguma vez a acontecer
porque o surdo e cego sonho da minha tão apaixonada imaginação 
jamais este meu legítimo desejo... o conseguirá escutar ou atender!


(Apollo_onze)


Written in Herning (Dk) 17-5-2012
Photo by Google Imagens
Music by Alejandro Sainz in "Desde Cuando"

2 comentários:

Chá das Cinco disse...

Tem tempo que não venho por aqui,como sempre um belo texto.

Gemária Sampaio

Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Nanda Costa Ƹ̴Ӂ̴Ʒ disse...

Continuo sem palavras para descrever tamanha beleza!
Lindas palavras!

Bjinhos!


Nanda Costa*